poema
atávico
e se a gente se amasse uma vez só
a tarde ainda arde primavera tanta
nesse outubro quanto
de manhãs tão cinzas
nesse momento em Bento Gonçalves
Mauri Menegotto termina
de lapidar mais uma pedra
tem seus olhos no brilho da escultura
confesso tenho andado meio triste
na geografia da distância
esse poema atávico tem
a cor da tua pele
a carne sob os lençóis
onde meus dedos
ainda não nasceram
algum deus
anda me pregando peças
num lance de dados mallarmaicos
comovido
ainda te procuro em palavras aramaicas
e a pele dos meus olhos anda perdida
em teu vestido
Artur Gomes
Do livro O Poeta Enquanto Coisa
Editora Penalux – 2020
Leia mais no blog
na construção de um novo projeto para o renascimento do Congresso Brasileiro de Poesia
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023
poema atávico
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Balbúrdia PoÉtica 11
HIPOTEMUSA MUSA OUTRA há muito tempo com um coelho no colo mas o que eu mais queria era um gato old cat que fosse do jeito que me viesse c...

-
Balbúrdia PoÉtica 5 A Balbúrdia 1 e 2 foram realizadas na Taberna de Laura - Copacabana – Rio de Janeiro. A Balbúrdia 3 foi realizada no ...
-
Uma das edições em 2025 será realizada em Santo André-SP - alguns poetas/parceiros estarão comigo nesta jornada tias como: Zhô Bertholini, J...
-
Balbúrdia PoÉtica 5 Dia 5 – Abril – 2025 – 16h música teatro poesia textos/poesias de: Ademir Assunção, Artur Gomes, Clarice Lispector, Ferr...
Nenhum comentário:
Postar um comentário