Você pensa que conhece a obra poética de Artur Gomes será que será o SerAfim? Simone Bacelar foi quem disse: se você ainda não leu alguma coisa do Vampiro Goytacá Canibal Tupiniquim ou ainda não conhece os Retalhos Imortais do SerAfim, você não sabe nada de mim
Quem foi que criou fulinaíma?
Quem foi que criou Sagaranagens
Quem foi que criou a Mocidade Independdente de Padre Olivácio – A Escola de Samba Oculta no Inconsciente Coletivo?
Quem foi que criou a Igreja Universal do Reino de Zeus?
Todos os desejos são delas mas todos os pecados são meus
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https://fulinaimacentrodearte.blogspot.com/
Balbúrdia Poética 4
Em 2023 fui homenageado no Sarau Gente de Palavra pilotado pelos dois grandes amigos César Augusto de Carvalho e Rubens Jardim. Agora nos juntamos ao grupo Gente de Palavra e ao coletivo Rubens Jardim para realizarmos a Balbúrdia Poética 4, em homenagem a memória de Rubens Jardim e Luis Mendes.
conversa de encruzilhada
nos búzios sobre a mesa
vejo suas fotografias
tantas vezes
reli teus livros
dói no peito
tanta saudade
Xangô me disse
quem nasce da pedra não morre
vocês estão vivos
para sempre na lavra : eternidade
Dia 3 dezembro 19h
Patuscada – Rua Luis Murat, 40, São Paulo-SP, Brasil
Curadoria: Artur Gomes
e César Augusto de Carvalho
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[sil guimarães]
menos que um corpo mais que uma coisa
ser um girassol onde sempre chove
ser o que eu quiser, baby
não é a solidão é mais que a solidão
o que me livra dessa espécie de amor
que me feriu e me fez ferir
nunca mais seu esperma a trofosperma
alimentando outras vidas com a minha
pode espernear: mon coeur mis à nu
lá fora passa o carro da pamonha
e o moço grita pelo alto-falante:
os deuses estão mortos
na vitrola o disco arranhado
naquela parte em que a voz
implora let me try again
[ imagem jonpaul douglass
TECIDOS SOBRE A PELE
Terra,
antes que alguém morra
escrevo prevendo a morte
arriscando a vida
antes que seja tarde
e que a língua
da minha boca
não cubra mais tua ferida
entre/aberto
em teus ofícios
é que meu peito de poeta
sangra ao corte das navalhas
e minha veia mais aberta
é mais um rio que se espalha
amada de muitos sonhos
e pouco sexo
deposito a minha boca no teu cio
e uma semente fértil
nos teus seios como um rio
o que me dói é ter-te
devorada por estranhos olhos
e deter impulsos por fidelidade
ó terra incestuosa
de prazer e gestos
não me prendo ao laço
dos teus comandantes
só me enterro à fundo
nos teus vagabundos
com um prazer de fera
e um punhal de amante
minha terra
é de senzalas tantas
enterra em ti
milhões de outras esperanças
soterra em teus grilhões
a voz que tenta – avança
plantada em ti
como canavial que a foice corta
mas cravado em ti
me ponho a luta
mesmo sabendo – o vão
estreito em cada porta
Moenda
usina
mói a cana
o caldo e o bagaço
usina
mói o braço
a carne o osso
usina
mói o sangue
a fruta e o caroço
tritura suga torce
dos pés até o pescoço
e
do alto da casa grande
os donos do engenho controlam
: o saldo e o lucro
Artur Gomes
do livros: Suor & Cio - MVPB Edições -
Ipanema-RJ - 1985 e Pátria A(r)mada - Desconcertos Editora
2ª Edição – 2022
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https://fulinaimargem.blogspot.com/
tão santa
como uma bela rima
Artur Gomes
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