Magnífico poema de Maria Teresa Horta que me chega nesta manhã via minha querida amiga e inter/locutora La Bohéme para romper todos os sóis e seus silêncios. e essa imagem instigante me leva também a este poema do meu querido Artur Gomes
a face
oculta da maçã
duas partes que se abrem pêssegos
campos de girassóis teus pelos
alvoroçados sob o sol de Amisterdã
enquanto isso em teus mamilos penso
o que ainda não comi desta maçã
Há sons que não se sentem... tantos silêncios
que nos falam, e tão poucos os que ouvimos... Em silêncio, as mentes fluem nos
"Silêncios de silex...", viajam nos "Silêncios de vento..."
e visualizam na imagética dos "gemidos nas camas, As ancas, O
sabor..."
OS SILÊNCIOS DA FALA
São tantos
os silêncios da fala
De sede
De saliva
De suor
Silêncios de silex
no corpo do silêncio
Silêncios de vento
de mar
e de torpor
De amor
Depois, há as jarras
com rosas de silêncio
Os gemidos
nas camas
As ancas
O sabor
O silêncio que posto
em cima do silêncio
usurpa do silêncio o seu magro labor
Maria
Teresa Horta
Photography by Mariah
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Ahhhhhh, então, olho e torno a olhar e...olho
outra vez... e vejo que, não é por acaso que a maçã é um ícone do pecado!...
Espetacular. Tudo incluso, poema lindo e de uma malícia intrigante...
Rúbia
Querubim
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