Em 1984 poemas meus foram publicados na Antologia Carne Viva, organizada por Olga Savary, considerada a primeira Antologia de poesia erótica publicada no Brasil, com a presença de poetas como Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Affonso Romano de Sant´Anna.
Carne Proibida
o preço atual
proíbes que me comas
mas pra ti
estou de graça
pra ti
não tenho preço
sou eu quem me ofereço
a ti
músculo & osso
leva-me à boca
e completa o teu almoço
Artur Gomes
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IMPERDÍVEL
A exposição de Poemas Visuais do grande Xico Chaves - Luz da Matéria - aberta sábado na galeria Movimento na Rua dos Oitis 15, na Gávea, está arrasante.
É muita luz, jogo de
palavras, brilhos minerais.
Xico é um dos grandes da
minha geração e criou uma obra de significados eternos ao colocar
"olhos" na estátua da liberdade em frente ao STF, em Brasília.
Agende-se e ganhem uma tarde
visitando esta exposição de objetos inteligentes e luminares
Valeu Xico. Amamos!
Texto: Luis Turiba
Fotos: de Rose Araújo.
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Mostra Visual De Poesia
Brasileira
meu santo daime um querubim e leve federico baudelaire de volta pra iriri meus cardápios são familiares a tempos estou em greve de sexo o e endomoniado e satânico não me dá sossego nem com poema de fernando pessoa já apelei até para a bahia de todos os santos jorge amado ogum oxumaré fiz despacho pra iansã na boa viagem flores pra yemanjá e o bendito não sossega apela pra rúbia de nada vale ela também não quer mais o rejeitado lá mergulhando em suas águas
Federika Lispector
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remix
fulinaímico
suor & cio revisitado
a quem interessa o poema
na sala escura do cinema
o verso atravessado na garganta
nesse país que não levanta?
entre/aberto
em teus ofícios
é que meu peito de poeta
sangra ao corte das navalhas
minha veia mais aberta
é mais um rio que se espalha
na noite uma estrela
ainda brigava contra a escuridão
na rua sob patas
tombavam homens indefesos
e meus versos descarados
em teus lábios – presos
gigi em ouro preto
me deu um beijo na boca
quando ouviu
alguém cantando milton
ali em frente no porão
um país incendiado
e o poeta segue sempre
o seu destino em marginalha
o seu caminho em contra-mão
Artur
Gomes
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Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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tudo aquilo que não digo
eu diria
tudo aquilo que não digo
não foi ainda pensado
triturado mastigado consumido
digo
:
preste mais atenção
em tudo aquilo que não digo
me dizia paulo leminski
olhando poema de kandinski
tatuado em meu umbigo
EuGênio Mallarmè
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Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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mitologia
serafínica
irina estava vestida de beatriz primeira posava para mais um
clássico do surrealismo de magrite no quarto preparava a cama para a chegada de
wermer a alta temperatura do verão de sorocaba alterou a visão pictórica do pintor da menina dos
brincos de pérola que no jardim enfiava o pincel por entre a espessa barba
esperando a primavera lady gumes apressada como sempre se aproveitou da cama e
vive uma calorosa noite de amor sem mesmo querer saber quem era a serafina
debaixo dos lençóis maranhenses
Pastor de
Andrade
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mitologia sagarânica
salvador alisa os bigodes de dali macabea ensandecida morre
ali mesmo em sucupira no presídio federal de brazilírica porcina mete a língua
na faca de lorca as unhas sujas de irina cortam morangos mofados na fruteira enquanto
odorico ordena zeca diabo a organizar o enterro das camélias diadorim sopra o cano da garrucha pendurada em seu olho esquerdo sagarânica em
polvorosa comemora mais uma noite de são joão
EuGênio
Mallarmè
In Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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mitologia
fulinaimânica
explicitamente picasso nunca nos disse guernica o que signi-fica
o corpo do fonema aliterações alisam a
orelha de van gog fartura farta fogo farra festa federico baudelaire tocando
fado pras fadinhas de vênus falarem com a fênix do farol de alexandria enquanto freud
nem fode nem explica o que aconteceu na sexta feira no luau das laranjeiras depois
que federika furtou a farinha do desejo de toda família do império das bananas no
largo do machado infeliz das oliveiras
Irina Serafina
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